Lorna Washington faz performance icônica e discursa sobre a relevância dxs travestis na cena drag carioca atual
Na quarta-feira do dia 25/09 a multiartista Lorna Washington fez uma performance icônica, como de costume, e discursou sobre a importância dxs travestis na cena cultural local carioca.
Com um vestido deslumbrante, sem vergonha de mostrar que sua mobilidade reduzida portando uma bengala e com o joelho esquerdo apoiado num andador, Lorna subiu ao palco do Teatro Rival, na quarta-feira (25/09) como convidada especial da noite, no concurso The Queen, apresentado por Samara Rios. Surpreendendo à maioria presente, a multi artista cantou ao vivo “I’ll Never Love This Way Again”, um clássico de Dionne Warwick.
Após sua performance icônica, aplaudida de pé, a transformista, que já teve usa história contata num filme-documentário, não teve pudores ao declamar um discurso inflado sobre a importância dxs travestis na história da cena cultural carioca, em especial do Teatro Rival.
Fundado em 1934 por Vivaldo Leite Barbosa, proprietário do edifício Rex. Depois de sucessivas vendas, chegou às mãos de Américo Leal em 1970. Empresário do teatro de revista, Américo fez do Rival um foco de resistência desse gênero. Ângela Leal, filha de Américo, assumiu a direção da casa na década de 1990, com a ajuda da filha, a também atriz Leandra Leal.
“Na década de 70 foram as travestis quem sustentaram esse teatro, se ele está aberto até hoje, é graças à elas, à resistência delas” declamou Lorna.
“O avô da Leandra Leal, que era um homem de visão, investiu no talento das travesti, aqui, nesse palco, aconteciam 2 sessões por dia, com o palco cheio de travestis. Fomos nós que mantivemos isso funcionando durante muito tempo pra que hoje, esse espetáculo esteja acontecendo aqui. Travesti é resistência!”, completou a transformista, que, após o discurso, foi mais uma vez ovacionada pela plateia.