Cabeleireiro é preso suspeito de matar homem após ser vítima de homofobia

O cabeleireiro Euder Cruz Assunção, de 26 anos, foi preso suspeito de agredir um homem até a morte, em frente a uma lanchonete de Anápolis (GO). Em depoimento à polícia, ele confessou que deu socos e chutes em Marcos Antônio Alves dos Santos, de 48 anos, após ser chamado de “gay”, “bixa”, “viado” e “pomba-gira”.

Segundo informações do G1, O crime aconteceu na noite de quarta-feira (20/11), no Setor Central. O cabeleireiro, que vive em situação de rua, relatou aos policiais que estava em um terreiro de umbanda e a vítima tentou entrar no local, mas foi barrada por estar supostamente embriagada. Irritado com as ofensas, ao sair do terreiro Euder encontrou Antônio na rua e desferiu vários socos no rosto da vítima. A agressão foi assistida por trabalhadores e clientes que estavam em uma lanchonete.

Testemunhas que estavam na lanchonete acionaram a Polícia Militar, e Euder foi preso em flagrante a poucos quarteirões de distância do local onde ocorreu a agressão. Ao ser abordado, os policiais identificaram sangue nas roupas dele. O delegado titular da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), Vander Coelho, disse que o crime é tratado como homicídio e que imagens das câmeras de segurança dos comércios próximos ao fato poderão auxiliar se houve qualificador, como se a vítima teve chance de defesa ou foi pega de surpresa. Se esses detalhes forem confirmados, o crime se configura como homicídio qualificado.

“Por mais que a vítima tenha ofendido o agressor, a reação foi desproporcional. Normalmente, nos casos de homofobia, o ofendido é que é agredido, e não o agressor”, disse o delegado.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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