Mãe apela para que Justiça libere corpo de filho morto em caso de homofobia há 2 meses: “Queria pelo menos enterrar”
Foto: Arquivo pessoal
Dois meses após o crime, A família do jovem Guilherme de Souza, de 21 anos, que morreu após ser agredido com pauladas e pedradas, além de ter o corpo queimado, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, em julho deste ano, agora luta para que o filho seja enterrado. Segundo o G1, a Justiça ainda não determinou a liberação do corpo.
O suspeito de cometer o crime é um adolescente que na época tinha 14 anos. Nesta terça-feira (15/09), ele segue apreendido em Salvador. De acordo com Franciane de Souza, mãe de Guilherme, o corpo segue no Instituto Médico Legal (IML). A família já pediu à Justiça a liberação para fazer o enterro, mas a juíza responsável pelo caso pediu vistas ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) que não tem prazo para responder.
“Perdi meu filho de uma forma trágica, cruel, e estou aqui sem resposta nenhuma. Não posso enterrar meu filho. Eu queria pelo menos enterrar meu filho, enterrar ele. Dar um enterro para ele, para ver se eu tenho um pouco… Ver se diminui um pouco da minha dor, sabe? Ter um pouco de paz”, lamentou Franciane ao G1. Advogada da família, Lorena Fagundes, diz que o enterro do corpo já poderia ter sido feito e que o IML disse que está preparado para fazer a liberação. Aguardamos uma Justiça que não seja tardia, porque esse crime já está causando muito sofrimento para a família”, disse ela.
A advogada disse ainda que, pelo tempo em que o processo está na Justiça, sem conclusão, há o risco de que ele não seja concluído a tempo e que o menor seja liberado. “Ele se encontra recolhido em Salvador. Está internado provisoriamente e pode ser colocado em liberdade a qualquer momento”, disse.