Médico decide se casar sozinho após parceiro desistir do casório três meses antes da data

Três meses antes de seu casamento, o noivo do médico Diogo Rabelo, de 33 anos, decidiu terminar o relacionamento que durou um ano e meio. No entanto, em vez de suspender o evento, que ele diz ter custado em torno de R$ 350 mil, o médico tomou inusitada decisão de se casar sozinho.

 Depois de um ano e meio de relacionamento, Diogo conta que seu parceiro decidiu terminar o noivado três meses antes da data do casório. “O lado bom de casar consigo é que não existem protocolos, Você tem a liberdade de se divertir da maneira que quiser“, analisou ele em publicação no Instagram. “Aprendi que quem quer estar contigo vai estar. Obrigado a todos que não desistiram de ir ao casamento e estiveram ali, me dando apoio essencial para vencer mais essa fase de minha vida“, acrescentou.

Segundo reportagem do jornal O Globo, 40 pessoas compareceram à cerimônia, todos convidados de Diogo. Em um dos vídeos do casamento, compartilhados pelo próprio, Diogo diz “sim” para si mesmo diante de um espelho. “O sentido da minha vida não será aquele que foi largado no altar, isso é apenas um pequeno detalhe que faz parte de um todo. Detalhe importante e que criou um tecido essencial para que eu aprendesse a minha maior e talvez mais dolorosa lição, a de saber me amar”, diz.

Em outro trecho, o médico mostrou não guardar mágoas do ex-noivo. “No meio do caminho você preferiu ficar e me deixar ir sozinho. Cá estou, honrando minha palavra. E mesmo assim eu ainda o respeito, porque quero que você seja livre para ir aonde quiser e para ficar onde quiser“, afirma. Diogo diz, no entanto, que o ex não gostou da repercussão dos vídeos. O relacionamento, segundo ele, começou no carnaval de 2019 e terminou de maneira definitiva em julho deste ano.

A gente se separou definitivamente em julho, quando ele saiu de casa. Eu fiquei desesperado, fui atrás, disse a ele que o amava, até que me mataria se não tivesse volta, mas ele não se comoveu. Analisei a situação durante um mês, e decidi que eu tinha que me valorizar e me amar“, explica ele.

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A mim, Eu acredito que tudo seja vaidade. Tudo é efêmero e só o desconhecido, que procuro conhecer, me traz a paz em saber que Ele é eterno, Deus. E o que me liga a Deus se não a manifestação do amor? Por isso eu me desapego para ir ao encontro do criador. Eu me desapego de uma ilusão de felicidade, onde 1 + 1 = 1. Eu me desapego da ostentação, eu me desapego do orgulho e eu me entrego à humildade. Eu tenho a mim o que Nietzche afirma sobre “alegria trágica”, como aquele que celebra a vida porque ela é frágil, finita e sem sentido, ou seja, ser feliz, perdoar, acreditar, amar é uma escolha, e a nossa vida é feita de nossas escolhas, simples. Mas, Diogo, se a vida é sem sentido, qual seria o sentido disso tudo? Viver é perder-se. É preciso ter coragem para descobrir seu sentido. É preciso beber da vida para saber seu gosto. É preciso entregar as fichas para alguém e ser traído para saber o valor das suas fichas. A gente cresce na experiência, e quando me perguntares por que tatuei “pain" em meu braço, é para lembrar de que a evolução, infelizmente, vem com dor e choro. Chega um momento em nossa vida que para continuarmos é necessário largar nossos hábitos, vícios, lembranças e traumas para poder seguir adiante. E este ato simbólico de casar comigo mesmo é o meu ponto mais alto de expressão ao meu amor próprio. Eu aprendi que tenho o meu valor e que eu não preciso ser amado por ninguém para me sentir bem. E vou além: eu não preciso mudar minha personalidade ou o meu jeitinho de ser para que alguém possa ficar comigo. Eu descobri o meu valor e eu amo quem eu sou, eu amo a minha história, de onde eu vim, pelo o que passei, e tenho foco aonde eu quero chegar. E para finalizar, eu afirmo o meu maior desejo: que eu nunca deixe de acreditar no amor. Que eu perca a razão, que eu perca a cabeça, mas que eu não perca o amor. “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, sim, hoje está sendo um dos dias mais felizes da minha vida, pois eu estou com as pessoas que mais amo nessa vida, celebrando o que poderia ser uma tragédia, mas fiz uma comédia 🖤

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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