Homo Doc: Documentário mistura ficção e realidade para promover a reflexão acerca dos dramas vividos por LGBTs

O que você tem medo de perder? Eis a pergunta que permeia diariamente as histórias de pessoas que compõem a sigla LGBTQ+ e que é o mote para o documentário HOMO DOC, que estreou nesta terça-feira (30/03) no Youtube.

Na produção, histórias ficcionais, criadas pelo roteirista Jozias Benedicto, depoimentos reais e fatos históricos se entrelaçam nas vozes dos quatro atores que compõem o elenco e que trazem à tona temas como união estável, família, luta, HIV/AIDS, representatividade política, racismo, transfobia e censura. A queen Suzy Brasil,o psicólogo e ativista Salvador Corrêa, a advogada Tatiana Crispim e o artista plástico e produtor Zitto Bedat são alguns dos entrevistados.

Um dos personagens retratados no curta é representado pelo ator Angelo Mayerhofer. A partir dele, se discute os direitos dos gays que mantém uma união estável durante anos. Quando um dos companheiros morre, contaminado pela Covid-19, os familiares excluem o outro que ficou de qualquer tipo de partilha. Algo recorrente na vida de casais LGBTQ+, visto que muitas famílias se recusam a aceitar a sexualidade de seus filhos.

Outros personagens se destacam no documentário: o gay enrustido, vivido pelo ator Anderson Nuud, que não se sente parte de uma comunidade e renega sua sexualidade vivendo na chama “fachada” hétero; o soropositivo interpretado por Danie Vaz, que critica o conservadorismo vigente e a consequente desunião dos LGBTQIA+; e um artista representado por Felipe Gouvea, que vê seu trabalho censurado e sofre ataques de conservadores na internet. Assuntos bastante atuais no Brasil de 2021.  

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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