Jovem vítima de homofobia morre quase dois meses após ter sido espancado e violentado no Pará

O jovem Fábio Raiol, de 27 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (14/09), em Salinópolis, município no Pará. Em julho, Fábio foi vítima de um espancamento, praticado por quatro homens, que usaram pedaços de madeira e telhas durante a agressão. Moradores encontraram o jovem desacordado e gravemente ferido em uma rua da cidade.

O jovem chegou a ser internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, recebeu alta, mas na segunda (13/09) passou mal e morreu pouco depois de ser levado para uma Unidade de Saúde de Salinópolis. No dia do crime, a vítima teria saído para encontrar com um homem, mas não voltou para casa. Ao menos quatro pessoas teriam envolvimento nas agressões. Até então, quase um mês e meio depois, ninguém foi preso. Um dos suspeitos trabalhava em uma barbearia. A Polícia Civil disse que o inquérito que investiga o caso está em fase de conclusão e que será enviado à Justiça. As apurações são acompanhadas pelo Movimento LGBTQIA+ e pelo Comitê Estadual de Combate à LGBTfobia.

As apurações policiais apontam que o caso teria relação com desentendimento entre a vítima e um dos agressores. Testemunhas já foram ouvidas. Entre elas a irmã e a mãe da vítima. Familiares afirmam que o agressor não agiu sozinho, diferente da versão oficial dada primeiramente pela Polícia. Uma das familiares confirma que houve estupro e que moradores encontraram a vítima quase morta. Segundo testemunhas, ele gritava “Alan, não faz isso comigo, não me bate“, no momento das agressões. Fábio foi encontrado com várias lesões no domingo de manhã, por volta das 10h.

A Polícia Civil pede que qualquer informação que possa ajudar na localização do autor do crime seja repassada às autoridades pelo Disque-Denúncia, no número 181, ou ao Centro Integrado de Operações (Ciop), pelo 190 ou por aplicativo de mensagens instantâneas pelo número (91) 98115-9181.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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