Pelo 13º ano consecutivo, Brasil concentra maior índice de assassinatos de pessoa trans no mundo

Ocupando o primeiro lugar desde 2008, quando a ONG Transgender Europe (TGEU) passou a contabilizar os assassinatos de pessoas transexuais pelo mundo, o Brasil aparece mais uma vez como o país que mais mata transexuais no mundo.

Segundo o levantamento, 41% de todos os casos de assassinatos de pessoas trans ocorreram no Brasil. Entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, o país matou 125 pessoas trans conforme dados notificados. México e Estados Unidos seguem na sequência com 65 e 53 casos, respectivamente. Os dados também apresentaram que 96% das pessoas assassinadas em todo o mundo eram mulheres trans ou pessoas transfeminadas, sendo 58% profissionais do sexo. 36% dos homicídios ocorreram na rua e 24% na própria residência. A idade média dos assassinatos é 30 anos, sendo que a vítima mais nova tinha 13 anos e a mais velha 68.

De acordo com a ONG Antra, responsável por fazer o monitoramento no Brasil desde 2017, a maioria dos dados foram coletados de países com uma rede estabelecida de organizações trans e LGBTQIA+. Na maioria dos países, os dados não são coletados sistematicamente e a maioria dos casos continua sem notificação e, quando relatados, recebem pouca atenção. “Nenhum investimento ou qualquer ação foram pensadas pelo estado para enfrentar a violência contra a população trans no país“, ressalta a associação.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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