Ágatha Pauer: “Queremos que você se responsabilize pelo seu privilégio cis e microagressões diárias”

Conversamos com Ágatha Pauer no estúdio do Pheeno! A comunicadora digital, dramaturga e atriz é natural de Cabo Frio (RJ) e conta que rejeitava o termo travesti quando fez sua transição: “Tinha perspectiva que a travestilidade é marginal, suja”.

Hoje, ela se entende como uma travesti, negra, pansexual e não-monogâmica, mas revela que o processo não foi fácil: teve dificuldades inicialmente com sua mãe e seu irmão, além de perder um namorado, gay cis branco, ao transicionar. Ágatha revela que precisou entrar para a prostituição para conseguir dinheiro para sair de casa, mas que hoje sua mãe a acolhe e defende.

A comunicadora critica pessoas que fazem “transfake”, afirma que aprendeu na “pedagogia da navalha” a lidar com homens e mulheres travequeiras e defende que a intelectualidade travesti é muito cara: “Quando eu produzo uma intelectualidade eu estou sobrevivendo com uma mera expectativa de vida já marcada”.

Confira

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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