Ativista trans denuncia transfobia ao ser impedida de usar banheiro feminino no Aeroporto de Guarulhos

Uma pesquisadora e ativista trans pernambucana denunciou ter sido alvo de transfobia no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Pelas redes sociais, Caia Maria Coelho, de 29 anos, afirmou que foi impedida de utilizar o banheiro feminino por uma funcionária do aeroporto.

Caia conta que estava entrando no banheiro feminino, quando foi direcionada para o banheiro de cadeirantes por uma funcionária da limpeza do terminal aeroviário. “Fui impedida de usar o banheiro feminino no Aeroporto de Guarulhos. Quando estava prestes a cruzar a porta, uma funcionária me direcionou para área de cadeirantes. Como tinha pouco tempo e precisava fazer xixi, não discuti. Mas essa situação é inadmissível em 2022“, relatou em suas redes sociais. “Me senti constrangida, envergonhada. Quando saí, já estava na última chamada e apenas eu não havia embarcado ainda. Ela [a funcionária da limpeza] me coloca em um lugar de desidentificação mesmo, que é muito violento contra pessoas trans no Brasil”, afirmou Caia ao G1.

Coordenadora da Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Natrap) e conselheira estadual dos Direitos da População LGBTQIA+, Caia conta que nunca passou por uma situação desse tipo antes e precisou de alguns minutos dentro do banheiro até se recompor. “O aeroporto precisa se comprometer com atividades formativas e se responsabilizar com o combate à transfobia. Um papel na parede ou uma placa no banheiro já pode minimizar esses riscos“, afirmou. “É muito triste que a gente esteja demandando políticas públicas e a devolutiva seja assim, violenta.

Em nota, a GRU Airport, concessionária responsável pela administração do aeroporto em Guarulhos, afirmou que está apurando o fato relatado e que “repudia veementemente qualquer tipo de ofensa e prática discriminatória e reforça que qualquer opinião que contrarie o respeito à diversidade não reflete os valores e os princípios da empresa“.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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