Casa de acolhimento LGBTQIA+ em São Payulo terá nome de Ricardo Corrêa, o “Fofão da Augusta”

Nesta terça-feira (24/05), a Câmara Municipal de Araraquara (SP) aprovou o nome do araraquarense Ricardo Corrêa da Silva para a Casa Abrigo LGBTQIA+ da cidade. Conhecido de forma pejorativa como “Fofão da Augusta”, Corrêa teve sua história resgatada pelo jornalista Chico Felitti em livro publicado pela editora Todavia, em 2019, que narrava sua vida como pessoa em situação de vulnerabilidade.

Primeira vereadora trans de Araraquara, a vereadora Filipa Brunelli, autora do Projeto de Lei 107/2002 da Casa de Abrigo e Acolhimento, diz que o nome de Corrêa foi escolhido para resgatar a sua história e homenagear a sua trajetória, que foi trágica. Gay e drag queen, ele foi um dos primeiros ativistas LGBTQIA+ de Araraquara, na década de 1970. Cabeleireiro e maquiador reconhecido, Corrêa tinha sido expulso da cidade, sofreu muito preconceito e foi marginalizado, vindo a parar nas ruas no final de sua vida.

Aquele que falava vários idiomas, que era cabeleireiro das estrelas araraquarenses, e tinha uma das melhores escovas da avenida paulista na década de 80/90, acabou seus dias morando nas ruas, se alimentando dia sim, dia não, violentado, desrespeitado, tendo sua humanidade negada. O que fazemos hoje é resgatar seu nome, acolher sua figura e eternizar sua importância para nossa comunidade e nossa cidade“, escreveu Brunelli, em seu Instagram. A casa de acolhida será voltada para pessoas LGBTQIA+ em situação de rua ou expulsos de casa por seus núcleos familiares, situações pelas quais o próprio passou.

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Felipe Sousa

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