Morre Amândio da Hora, DJ lenda da noite LGBTQIA+ carioca que botou Fred Mercury e Mick Jagger para dançar

A noite do Rio de Janeiro perdeu um gigante. Morreu nesta sexta-feira (23/09), vítima de câncer, o DJ Amândio da Hora. Com mais de 50 anos de carreira, Amândio atravessou gerações botando a galera pra dançar nas pistas alternativas carioca, onde contruiu sua reputação.

Tocando na boate gay Sótão, onde estreou em 1973, Amândio tornou-se referência nacional como DJ e virou ídolo dos modernos do Rio na década de 1970, passando nas principais casas noturnas da cidade como Regine´s, Columbus, Bunker, Sotão e muito mais. “Antes de DJs serem famosos e estamparem capas de discos, amandio já era um superstar DJ. Tanto tocando para rycos, no Regine´s (nos 70s), quanto para os outsiders, no Sótao (80s). Depois, saiu de cena, virou vendedor da Modern Sound, e voltou com tudo, na bunker“, lembrou Tom Leão, jornalista do Brasil online. “Mais de 50 anos de carreira. Pessoa divertidissima. Sua gargalhada ficará para sempre.

Em seu auge, na boate Sótão, localizada na icônica Galeria Alaska, Armândio botou, entre outros, Fred Mercury e Mick Jagger pra rebolar em plena pista. A história, inclusive, foi confirmada pela ex-Frenética Leiloca no livro “Pavões Misteriosos“, do jornalista André Barcinski. Cheio de vitalidade, Amândio seguiu tocando até recentemente. Uma de suas últimas aparições foi em 2018, em um anexo do Jockey Club, zona sul do Rio de Janeiro, na qual dividiu a noite com o espalhafatoso DJ Zé Pedro.  

Nas redes sociais, quem também lamentou a morte do artista foi a DJ e produtora drag queen Las Bibas From Vizcaya. “O corpo vai e fica seu legado porque você era verdadeiro e um profissional de verdade. Que as novas geracoes possam apreciar sua mixagens longas nesses tempos de impaciência sonora e vulgaridade musical“, escreveu Las Bibas. “Que sua passagem seja leve, sonora, e sorridente como você era.” Fica aí gratidão por tantas noites bem dançadas, né gente? Nossos sentimentos aos amigos e família.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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