Pai de uma mulher trans, José de Abreu integra três ações coletivas contra Cássia Kis por falas homofóbicas

Pai de uma mulher trans, José de Abreu compartilhou no seu perfil do Instagram que entrou com três ações processuais contra Cássia Kis após as falas homofóbicas da atriz durante entrevista à jornalista Leda Nagle no final de outubro. O processo do paulista foi aberto no dia 8 de novembro, com a psicóloga Paula Dalaio Frison e mais três entidades ligadas ao movimento LGBTQIA+.

Fiquei muito chocado, triste com o que a Cassia falou, porque tenho uma preocupação grande com a minha filha. Ela mora na Califórnia, que é um local superaberto, mas, quando vem pra cá, fico bastante tenso, porque o Brasil é o país que mais mata trans”, afirmou o ator em entrevista ao site de Heloisa Tolipan. Ele é um dos autores das representações em conjunto com Paula Dalaio, psicóloga de São Paulo, e de instituições como Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Grupo de Advogados Pela Diversidade Sexual e de Gênero e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos.

Abreu ainda teceu criticas a visão da ex-colega sobre família: “Ela fala família perfeita. Mas assim, relações com dois homens, duas mulheres, trisal, também são família. Eu tenho filho com três ex-mulheres. Quando junta todo mundo, são 12, 15 pessoas. E todos se dão superbem. Isso não é uma família? É óbvio que é uma família. Ela foi casada quantas vezes? Ela não junta os pais dos filhos dela em uma confraternização? Ou é só ela com os filhos, não fala mais com os pais deles? Qual família é a dela?”. “Lutamos contra várias fobias, e aí uma estrela do tamanho dela da novela das nove, fala o que ela disse. Isso atrasa a cabeça das pessoas“, disse ele.

É uma loucura o que essa mulher está fazendo, um negócio de doido, porque os gays que adotam, adotam filhos de quem? De famílias que não querem cuidar ou de mães solteiras. Então, é uma doideira. Ela é completamente descompensada“, pontuou o ator. O grupo pede uma indenização de R$ 500 mil pelo crime de LGBTfobia, valor que será revertido para entidades de defesa contra a discriminação de gênero. “Ela passou do limite e uma das maneiras de acordar as pessoas que cometem crimes é com que respondam por seus atos“, concluiu.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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