Foto: Reprodução/Instagram

Ativista LGBTQIA+ é brutalmente assassinado e corpo é encontrado dentro de caixa de metal no Quênia

Edwin Chiloba, um proeminente ativista LGBTQIA+ e designer de moda, foi assassinado no Quênia. O corpo de Chiloba foi encontrado em uma caixa de metal jogada à beira de uma estrada no condado de Uasin Gishu, na última quarta-feira (04/01). A polícia fez a descoberta depois que um mototaxista relatou ter visto um carro sem placa largar a caixa.

O corpo foi identificado como Chiloba e posteriormente transferido para um hospital próximo para autópsia. Um porta-voz da polícia disse que a investigação estava em andamento, afirmando: “Os especialistas estão cuidando do assunto“. Homenagens de amigos e familiares descreveram o designer de mora como “um ser humano incrível” e um “estilista icônico”. “Ele espalhou amor onde quer que fosse, foi ousado sobre sua existência como um homem gay e encorajou muitos outros a fazerem o mesmo”, disse Chris Makena, um colega ativista da vítima. Modelo e designer, Chiloba causou um grande impacto na comunidade LGBTQIA+ queniana e frequentemente se manifestava contra as leis discriminatórias em vigor no país. Ele, inclusive, estava construindo sua própria marca de roupas.

Coalizão de Gays e Lésbicas do Quênia o descreveu como “outra alma perdida devido ao ódio”. “Palavras não podem nem explicar como nós, como comunidade, estamos nos sentindo agora. Você fará falta”, acrescentou a coalizão. A Comissão Nacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas também prestou homenagem, dizendo: “Era um membro amado e valioso de sua comunidade que usava as plataformas disponíveis para lutar pelo que era certo. A morte de Edwin nos lembra que os corpos queer continuam sob ataque em todo o país.

No Quênia, sexo entre homens é ilegal e gays podem ser presos por até 14 anos. Membros da comunidade local lidam com discriminação e violência frequentes. Várias tentativas de descriminalizar o sexo gay falharam, e o presidente William Ruto classificou os direitos LGBTQIA+ no país como um “não problema”. No ano passado, o assassinato de uma lésbica não-binária, Sheila Lumumba, destacou a violência infligida à comunidade queniana.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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