Gianecchini fala, novamente, sobre sua sexualidade e ninguém aguenta mais
Não é shade, não nos leve a mal, Rey, e a culpa não é de somente sua, mas é que todo mundo deu a devida importância ao seu outing, que foi maravilhoso especialmente por reacender o diálogo sobre a bissexualidade e pansexualidade, mas será que três anos tentando explicar que não é gay, mas bi, depois que é pan e agora que é fluido não chega?
Na última quinta, 30, Reynaldo Gianecchini foi ao podcast do Splash (UOL) no “De lado com o Fefito” que insistiu nesse assunto sobre como está sua sexualidade agora. Mudou essa semana, tá mais fluido, tá menos, um pouco bi, meio gay? A quem interessa a sexualidade do Giane se não a ele mesmo após o outing? Saiu do armário, tá ótimo, já deu.
E por que, em toda entrevista, os podcasters insistem nessa narrativa de o quanto ele se identifica com orientação A ou B o obrigando a falar sobre um assunto que talvez ele mesmo não tenha uma resposta? “Já falei que a minha sexualidade é fluida. Faço muito esse exercício de olhar para todas as nuances da minha sexualidade. Não sou preso em nenhuma gaveta. Meu playground é grande!”, disse Rey, de novo, novamente, mais uma vez.
Amamos como Reynaldo Gianecchini (50) se compreendeu fluido e poderíamos ficar com essa compreensão pra sempre, não? Ele está com uma peça em cartaz, fazendo divulgações em entrevistas que poderiam ser muito melhor aproveitadas, porque “A Herança”, versão do espetáculo “The Inheritance”, sucesso na Broadway, é um excelente texto sobre gays de gerações diferentes.
De novo, Giane insiste no “Me encaixo ali [na sigla] em alguma coisa, mas nunca fui de pertencer a uma comunidade [específica da sigla]. As pessoas às vezes me cobram: ‘você devia ser militante da causa’. Mas minha militância é a minha arte”. Então deixemos ele não militar, talvez assim ele pare de falar sobre como a militância o incomoda e interfere na expressão da sua sexualidade. Que seja arte, então!