Mais de um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil, estima boletim do Ministério da Saúde

O Brasil ultrapassou a marca de um milhão de pessoas vivendo com o HIV, informou o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. De acordo com o boletim, somente em 2022 houve o registro de mais de 16,7 mil casos da infecção. Os sintomas iniciais mais comuns são febre constante, manchas na pele, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e ínguas no pescoço, axilas ou virilhas.

Segundo a edição mais recente do boletim, entre 2011 e 2021 o número de diagnósticos saltou 198%, passando de 13,7 mil para 40,9 mil. Já em 2022, até junho, foram 16,7 mil registros. Por outro lado, graças à terapia antirretroviral (TARV), os casos da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) caíram 18,5% no mesmo período, passando de 43,2 mil novas notificações, em 2011, para 35,2 mil, em 2021. Isso acontece porque os medicamentos atuais conseguem controlar a infecção do HIV, impedindo a evolução para a sua forma grave, que é a Aids.

Além disso, com o alcance do tratamento, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e é realizado hoje geralmente com apenas um ou dois comprimidos ao dia, os óbitos associados à síndrome a cada ano também passaram por uma queda na última década, de 12,1 mil para 11,2 – diminuição de 7,5%. Embora, no geral, os casos de aids estejam em queda, o crescimento de novas infecções e a falta de adesão ao tratamento acende um alerta principalmente entre os jovens.

O boletim do Ministério da Saúde destaca que, no período dos últimos 10 anos, o único grupo que viveu um aumento nas notificações da síndrome foram os homens de 14 a 29 anos. Enquanto a tendência nacional foi de uma queda de 18,5% nos registros, o número de novos casos de aids aumentou 20% no grupo, passando de 6,6 mil, em 2011, para 7,9 mil, em 2021. Entre as meninas da faixa etária houve queda, porém em patamar elevado que chama a atenção.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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