Drag de 13 anos gera polêmica com dança em evento patrocinado por app de namoro gay

Com apenas 13 anos, a drag queen estadunidense Ally Marc Jacobs já é um verdadeiro sucesso. Com mais de 62 mil seguidores no TikTok e quase 15 mil no Instagram, Ally, que vive no Estado norte-americano da Califórnia, viralizou no fim de semana graças a uma performance cheia de energia.

O vídeo foi originalmente publicado em 16 de fevereiro pela própria drag queen em suas redes sociais. “Quando seu pai vem buscá-la na festa… Mas você ainda não está pronta para ir para casa”, escreveu Ally, que se descreve em sua biografia nas plataformas como “o bebê da Casa Marc Jacobs”, um grupo em que ela dança e que leva o nome do estilista homônimo. Já a apresentação aconteceu durante um evento patrocinado pelo aplicativo de relacionamento LGBTQIA+, Jack’d.

Não demorou muito para o vídeo chegar em perfis conservadores, que passaram a destilar todo o seu preconceito nos comentários. No último sábado (29/03), um usuário do Twitter repostou a filmagem criticando a “coreografia explícita de Strip Club na frente de uma multidão de homens“. O perfil também chama atenção pelo fato do evento ser patrocinado pelo aplicativo de relacionamento. “O evento foi patrocinado por um aplicativo de relacionamento e sexo para homens adultos gays“.

Felizmente, mesmo com tanto ódio, teve quem pontuasse que a dança não tem nada de explícita. Muito pelo contrário! Vogue faz parte de todo um movimento cultural LGBTQIA+. “‘Coreografia explícita de Strip Club’, mas não há roupas sendo retiradas. Esta é uma dança competitiva LGBTQIA+ muito normal, existe um nome para ela [Vogue]. Isso é igual a esportes competitivos para meninos, mas para a comunidade queer“, explicou uma querida internauta.

Apesar da pouca idade, Ally não deixa se abalar pelos haters e possui uma bagagem riquíssima. Aos 12 anos, ela já havia participado do RuPaul’s DragCon de Los Angeles, exposição anual de três dias liderada por RuPaul, anunciada como uma “convenção que celebra ‘a arte de drag, cultura queer e auto-expressão para todos’“, que estreou em 2015. Ally se destacou e virou notícia se apresentando como “The King of Queens” (“O Rei das Rainhas”). “Ela destruiu a pista de dança”, afirmou a Los Angeles Magazine na época.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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