Homem mata jovem gay de 24 anos no DF após receber cantada da vítima: “Não tinha outro jeito”
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na tarde desta terça (06/06), João Mendes Lima, que confessou ter matado Júnior de Souza do Nascimento, de 24 anos. A vítima, que era gay, foi jogado em uma cisterna após ser assassinado, e teve o corpo encontrado pelo Corpo de Bombeiros na última quinta (01/06). Segundo autoridades, João comenteu o crime com golpes de picareta após uma cantada de Júnior.
Imagens de câmeras de segurança gravaram um encontro dos dois na noite em que a vítima foi vista pela última vez, no dia 31 de maio. Os dois aparecem nas imagens conversando. Segundo as investigações, a vítima fez uma investida amorosa no suspeito, que não gostou e resolveu matar Júnior. “O investigado confessou que matou a vítima com dois golpes na cabeça e utilizou uma picareta para golpeá-la. Em seguida, já com a vítima morta, atirou o seu corpo no interior da cisterna“, informou a polícia civia. João ficou hospedado em uma pousada em Formosa, depois do crime. Ele foi preso pelos policiais quando esperava para ser atendido em uma lotérica na cidade.
Em sua versão, o preso contou que no dia do homicídio foi ao comércio e comprou três latas de cerveja. Quando estava indo para casa, foi abordado pela vítima, que queria ter relações sexuais com ele. João afirma que Júnior o seguiu até a casa dele e que “não tinha outro jeito” a não ser matá-la, já que ele não queria ir embora. Em um determinado momento, a vítima pediu para ir ao banheiro, e o criminoso autorizou. Mas investidas continuaram.
O agressor confessou que ficou sem paciência, pegou uma picareta e acertou a nuca do rapaz. Logo em seguida, desferiu outro golpe na cabeça, para garantir que Júnior estivesse morto. O autor jogou o corpo em uma cisterna e, antes de fugir para Goiás, confessou o crime ao irmão. “Ele disse de forma tranquila que matou a vítima diante da insistência da mesma em ter relações sexuais com o autor“, afirmou Thiago Peralva, delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia. Júnior trabalhava em uma distribuidora que o acusado costumava frequentar, mas que não tinham relação e não sabiam sequer o nome um do outro.
Natural de Minas Gerais, o suspeito de cometer o crime morou em Morrinhos (GO), mas estava no Sol Nascente havia dois anos. Testemunhas relataram que o criminoso era uma pessoa reservada, sem amigos e que não tinha celular. João deve responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.