Vídeo: Dançarino de Luísa Sonza é vítima de ataque homofóbico no condomínio onde mora
O dançarino Renan Silveira, que integra o ballet de Luísa Sonza, foi vítima de um ataque homofóbico durante a gravação de um vídeo no condomínio onde mora, em São Paulo. Em vídeo compartilhado no TikTok, Renan diz que foi abordado enquanto dançava montado como drag queen por um morador de seu condomínio, que tentou impedir a performance do dançarino.
“Não era assim que eu queria introduzir vocês e esse novo vídeo de dança/projeto que eu estava gravando, mas acho muito importante antes de eu mostrar o resultado para vocês deixar isso aqui registrado. Não, eu não me monto regularmente e esse não é meu trabalho, mas quis criar esse personagem para um vídeo de dança e isso, infelizmente, me mostrou uma realidade dura que é difícil de enfrentar“, começou ele, sem identificar o agressor.
No vídeo, o homem argumenta que Renan não poderia usar o espaço que estava usando, alegando que o bailarino não estava praticando nenhum esporte. Ele estava em uma quadra de beach tennis para gravar o conteúdo de dança. Além disso, o suposto agressor também alega que a roupa usada pelo coreógrafo não era própria para o ambiente. Durante as gravações, Renan usava um maiô e uma calça esportiva. “Você está toltalmente fora do padrão do condomínio. Você não pode usar a roupa que você está usando… você está rebolando..“, reclamou o indivíduo.
Ainda na legenda, Renan garante que tinha a permissão do síndico do prédio para realizar as gravações e que foi abordado por um “conselho do condomínio“, que iniciou os ataques a ele. “Estou muito abalado ainda com toda essa situação que me gerou muita ansiedade e medo de morar na minha própria casa, vivo sim em condomínio/um ambiente de comunidade e por isso devo respeitar a todos… do mesmo jeito que eu quero ser respeitdo“, desabafou ele.
Segundo informou ao Terra, os autores já foram identificados. Em uma nota à imprensa, o escritório de advocacia da advogada Emanuela de Araújo, responsável pelo caso de Renan, classificou o ato como “externalização de preconceito” em razão da sexualidade da vítima. Além disso, o comunicado dizia que estão tomando as medidas cabíveis sobre o caso.