Governo de extrema direita da Itália passa a cancelar certidões de crianças com mães lésbicas

O governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, de extrema direita, começou esta semana a retirar retroativamente casais homossexuais do vínculo legal aos seus filhos e filhas. A medida chega logo após o governo da primeira ministra proibir a adoção por parte de famílias arco-íris, em março.

Segundo informações do MailOnline, 33 casais lésbicos receberam uma notificação do Ministério Público que exige o cancelamento das certidões de nascimento das suas crianças, alegando que o nome da mãe não biológica deveria ser removido. Michela, uma das primeiras mães a ser afetada pela medida absurda, disse que “chorou durante dez dias quando abri a carta [e recebi a notícia]”. A mãe de Giulia, que mora em Bérgamo, no norte da Itália, acrescentou: “Era como se não existisse.”

A carta enviada afirmava que a inclusão de Michela na certidão de nascimento de Giulia era “contrária à ordem pública“. Agora, apenas a reconhecida mãe biológica de Giulia tem direitos parentais sobre assuntos como educação e saúde da criança. Além disso, caso a mãe biológica venha a falecer, a menina deverá se entregue a parentes diretos da esposa de Michela ou colocada sob cuidados do Estado.

Primeira mulher primeira-ministra da Itália e uma autodenominada “mãe cristã”, Giorgi Meloni é a líder do partido nacional-conservador e populista de direita da Itália, Irmãos da Itália. Ela é também a primeira líder de extrema-direita do país desde a Segunda Guerra Mundial.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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