“Rush” de Troye Sivan expõe ódio a Sam Smith enraizado na gordofobia

Na sexta-feira (14 de julho), Troye Sivan lançou “Rush”, o primeiro single de seu primeiro álbum em cinco anos. Junto com ele veio um videoclipe muito liberto acerca de sexualidade, mas nada aberto sobre reforçar estereótipos, com resposta bem positiva do público geral, embora haja um elemento inquietante que é o de comparações ao trabalho de Sam Smith, que, desde o início do ano, vem lançando seus visuais explícitos, picantes, mas só recebe críticas gordofóbicas.

Quando Smith lançou seu vídeo “I’m Not Here To Make Friends” em janeiro, o alvoroço foi instantâneo. O cantor de 31 anos apareceu em um enorme casaco rosa com babados e uma cauda. Então, em um vestido preto, com casaco de penas e chapéu combinando. Finalmente, em um espartilho branco, com joias e borlas de diamante no mamilo.

O corpo de Smith estava à mostra, e os comentários nas redes sociais condenando como “nojentos” foram instantâneos. No Reino Unido, o noticiário matinal Good Morning Britain exibiu um uma matéria inteira sobre se o videoclipe era apropriado, considerando que as crianças poderiam assisti-lo. Sivan, obviamente, não enfrentou tais críticas – pelo menos não na extensão terrível que Smith enfrentou.

Quando Smith apareceu em um photoshoot semi-nu para a revista PERFECT no início deste ano, ele foi amplamente ridicularizado. Em uma imagem, ele estava vestido com um espartilho com barbante acentuando a gordura corporal; em outra, seguravam a barriga, usando minissaia jeans e tapa-sexo combinando.

Os comentários foram praticamente os mesmos. Os haters exibem fotos de Sam Smith no início de sua carreira, quando eram mais magro e tinha uma aparência masculina. “Veja, é assim que Sam Smith costumava ser”. Nada disso é novo. A comunidade queer há muito tem uma história problemática com a imagem corporal, com aqueles que não são padrão geralmente sendo rebaixados.

O fato de Sivan ter sido elogiado por fazer o que Smith foi condenado não é uma surpresa. Isso simplesmente mostra que, ainda assim, a liberação sexual só é boa quando a pessoa que está sendo liberada tem a aparência esperada. A crítica de Sam Smith nunca foi sobre o que eles fazem no palco ou nos vídeos – é sobre como eles se parecem.

Bee 40tona

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