Spinoff “Sex and the City” exibe diálogo interessante entre casal gay sobre o que é ser passivo

O décimo episódio da segunda temporada de “And Just Like That“, spinoff da icônica “Sex and the City“, apresentou uma cena interessante entre Anthony (Mario Cantone) e seu novo e bem dotado namorado italiano chamado Giuseppe (Sebastiano Pigazzi). O momento começa com eles terminando de transar.

“Você é um amante maravilhoso. E agora, minha vez de foder você, ok?”, questiona Giuseppe. Anthony fica surpreso ao ouvir essa pergunta e descarta a ideia na hora, o que leva o namorado a perguntar por quê. “Porque não é quem eu sou”, responde Anthony. “Você é o passivo. Eu não sou“. Giuseppe diz a Anthony que ele pode ser o que for, que está apaixonado e quer viver coisas diferentes entre eles.

“Você já se viu lá embaixo?”, brinca Anthony, referindo-se ao dote de Giuseppe. Ele então se senta e pergunta a Anthony sobre qual realmente é esse problema. “Ok, olha, eu nunca fiz isso. Eu nunca fui fodido”, explica o ativo. Mas quando Giuseppe ri e pergunta como é possível alguém que fez tanto sexo nunca ter sido passivo, Anthony rapidamente reage: “Porque eu não sou a mulher, ok?” Isso deixa Giuseppe ainda mais confuso, perguntando a Anthony se ele o vê como “a mulher” do relacionamento.

“Olha, os gays da minha geração veem as coisas de maneira diferente”, argumenta Anthony. “Os papéis ficaram mais definidos”. Giuseppe pergunta: “Por que alguém tem que ser a mulher? Por que não podemos ser dois homens, cada um sendo fodido intermitentemente? Segunda-feira eu, terça-feira você”. “Vocês, crianças de hoje, com a versatilidade”, Anthony rebate. “Vamos lá, isso não tem que ser uma coisa. Muitos relacionamentos gays existem sem penetração. Sem mencionar a maioria dos casamentos heterossexuais“. Giuseppe suspira e aparentemente entende o ponto de Anthony, enquanto ainda oferece um pensamento final poético: “Mas por que você teria medo de mais amor?“

Como bem ressalta o portal Out, embora o discurso em torno da representação LGBTQIA+ em “And Just Like That” esteja em todo lugar, esta foi uma conversa interessante e revigorante entre dois homens gays de diferentes gerações.

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