Ex-atleta e ator Gus Kenworthy fala sobre sua luta contra a dismorfia corporal: “Todo gay tem”

Até mesmo atletas e atores profissionais precisam lidar com questões de imagem corporal. O ex-esquiador e hoje ator e influenciador Gus Kenworthy falou sobre sua luta contra a dismorfia corporal, transtorno que causa vergonha e ódio persistente e intenso por defeitos inexistentes ou sutis da aparência.

Não acho que tenha o corpo perfeito. Tenho dismorfia corporal absoluta, da mesma forma que todo gay tem”, disse Kenworthy em entrevista à revista Attitude. “Há momentos em que estou super feliz com a aparência do meu corpo e estou sendo mais rigoroso com o que como e melhor com meus treinos”, continuou ele. “E há momentos em que não me sinto bem com isso. E a forma como o Instagram funciona é que provavelmente não é o momento em que vou postar uma foto. Então isso cria esse tipo de versão distorcida da realidade”.

O britânico, no entanto, disse que está perfeitamente feliz por ser visto como um símbolo sexual, mesmo que nem sempre se sinta bem. “Em termos de ser visto como [símbolo] sexual, não me importo. Estou lisonjeado e bem com isso. Sou uma pessoa muito, muito sexual e sou muito aberto sobre isso“, disse Kenworthy, que alcançou a fama como medalhista de prata no esqui nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, além de ter conquistado inúmeros outros troféus. Ele se declarou gay no ano seguinte, em 2015.

Na entrevista, o ator também falou sobre as críticas nas redes sociais por interpretar um personagem heterossexual na série “American Horror Story: 1984“, em 2020. “A beleza de atuar é que você interpreta outro personagem”, disse ele. “Acho que quando se trata de papéis gays, não acho que deveria ser proibido que atores heterossexuais interpretassem esses papéis. Mas eu acho que atores gays deveriam ser considerados para eles e às vezes não são. Acho que muitas vezes somos esquecidos e subutilizados. Se eles estão contando nossas histórias, deveriam usar nossas perspectivas.

“Não sou um ator dramático super sério com formação clássica que está concorrendo ao Oscar”, afirmou Kenworthy sobre os tipos de papéis que deseja interpretar. “Quero interpretar uma imagem minha – o interesse amoroso em uma comédia romântica gay é o papel dos meus sonhos.”

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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