Funkeira trans diz não ser reconhecida por LGBTs e desabafa: “Eles preferem valorizar um hétero”

Conversamos com a funkeira Any no estúdio do Pheeno! Dançarina e vocalista do grupo As Cariocas do Funk, ela afirma que a feminilidade sempre esteve presente em sua essência desde muito nova. Não à toa, aos 10 anos de idade, Any se declarou trans aos familiares e iniciou por conta própria seu tratamento hormonal, algo que hoje ela não aconselha a ninguém. “Não indico para vocês! É preciso passar por um endocrinologista”, alerta a funkeira. Em casa, sua transexualidade nunca foi um problema. Nas suas relações pessoais, no entanto, a história é outra, principalmente no campo amoroso. “Ninguém que assumir ninguém, principalmente nós mulheres trans”. Já sua carreira artística começou apenas em 2010, após convite de um empresário para integrar o trio As Cariocas do Funk. Contudo, o grupo teve de entrar em hiato após a gravidez não planejada da vocalista. Foi, então, que Any foi convidada a integrar o time de dançarinas de Mulher Pepita. Após dois anos de shows, porém, ela precisou deixar a carreira de dançarina de lado depois de enfrentar problemas no silicone. Hoje em dia, Any voltou a integrar o elenco do trio As Cariocas do Funk como vocalista, além de trabalhar como voluntária na casa de Acolhimento LGBTQIA+ Casa Dulce Seixas, a única da Baixada Fluminense

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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