Grindr perde quase metade de sua equipe após exigir que funcionários abandodem homeoffice
O Grindr perdeu cerca de 45% do seu time de funcionários depois de se juntar a um número crescente de empresas que aplicam uma política rigorosa de retorno aos escritórios.
Acredita-se que cerca de 80 de seus 178 funcionários tenham se demitido depois que a plataforma anunciou no mês passado uma ordem de que os funcionários trabalhassem pessoalmente em “escritórios centrais” designados, dois dias por semana ou seriam demitidos, de acordo com o sindicato trabalhista Communications Workers of America (CWA).
Os funcionários teriam duas semanas para escolher entre se mudar para a “cidade central” de sua respectiva equipe – Nova York, Chicago, Los Angeles, São Francisco ou Washington DC – para trabalhar pessoalmente ou deixar a empresa inteiramente com um pacote de indenização. A mudança foi anunciada depois que a maioria dos funcionários do aplicativo de namoro LGBTQIA+ anunciaram sua intenção de se sindicalizar, informou o Los Angeles Time
A CWA classificou a nova política do Grindr como uma tentativa de “silenciar os trabalhadores de falarem sobre suas condições de trabalho”. “É inimaginavelmente decepcionante que dezenas de nossos colegas tenham tido que deixar seus empregos porque a administração do Grindr não queria sentar-se com os trabalhadores e respeitar nosso direito de organizar“, lamentou Erick Cortez, funcionário da empresa e membro do Grindr United-CWA.
A CWA apresentou na semana passada uma reclamação trabalhista contra o Grindr, a segunda em cerca de um mês. O aplicativo, por sua vez, negou veementemente que sua política de retorno ao escritório não tenha sido influenciada pela decisão de alguns de seus funcionários de se sindicalizarem e disse que as reivindicações apresentadas pela CWA “não têm mérito”.
Um porta-voz do Grindr acrescentou que a empresa está “ansiosa para retornar ao escritório em um modelo híbrido em outubro e melhorar ainda mais a produtividade e a colaboração de toda a nossa equipe”.