Golpes contra homossexuais em encontros com desconhecidos cresce no Rio

Uma reportagem do RJ1 mostrou o crescente número de casos de violência e golpes de extorsão contra homossexuais que tem encontros com pessoas desconhecidas em locais públicos ou aplicativos, ocorridos na região do centro e Zona Sul do Rio. A partir de casos notificados em registro policial, a ONG Rio Sem LGBTfobia registou uma alta considerável desses golpes somando 15 ligações para denunciar extorsões de dinheiro contra homens gays após encontro.

“A pessoa conhece alguém na balada ou por um aplicativo e depois de um encontro íntimo, ela sofre ameaças e extorsões, o casos estão acontecendo em várias regiões do Rio”, abre a matéria que entrevistou algumas vítimas: “tive meu celular levado, porque não consegui fazer transferência do PIX no valor que ele queria”, conta um homem que foi vítima de um golpe após um encontro íntimo na Lapa: “tivemos relações sexuais após nos conhecermos e logo depois ele apareceu com outra pessoa que tinha uma faca, tudo muito rápido”, explica a vítima.

Uma outra vítima relata que marcou um encontro por aplicativo com um rapaz que foi até sua casa e antes mesmo de qualquer contato, o homem pediu seu “pagamento”, ao perceber que era um golpe, o jovem ligou para a polícia fingindo que estava ligando para o namorado, mas o homem percebendo o ato, foi embora. O Rio Sem LGBTfobia alerta que é comum que as vítimas não façam denúncias, com medo de se expor, por isso é possível que haja muitos casos subnotificados.

O coordenador do grupo alerta que é importante denunciar, procurar a delegacia especializada – Decradi – para notificar o caso e tentar encontrar os criminosos. Ele diz também que pessoas que são criminosas estão se infiltrando nos meios em que pessoas LGBT estão se relacionando praticando crimes a partir dessa vulnerabilidade da comunidade.