OPS! Trend do TikTok para aumento peniano pode torná-lo ainda menor
Uma antiga técnica para aumento peniano viralizou este semana no TikTok, tendo milhões de compartilhamentos. O “jelquing” teoricamente alongaria o órgão, mas especialistas alertam que, em vez de fazer crescer, ele pode causar diminuição. O portal Metrópoles falou com médicos que explicam sobre a prática cujo movimento de puxar e esticar o pênis, em um movimento semelhante a uma ordenha, quando ele está semi-ereto, pode ser perigoso.
Segundo os praticantes, a ideia é que o pênis ganhe alguns centímetros com o passar do tempo, porque a força aplicada no movimento poderia obrigar a pele a se alongar. Porém, técnica não só tem consequências como não possui comprovação alguma de funcionamento, embora acredite-se que seja conhecida há milhares de anos por árabes e indianos.
O Metrópoles falou com o urologista Ubirajara Barroso, coordenador do Departamento de Cirurgia Genital Afirmativa de Gênero da Sociedade Brasileira de Urologia #SBU, que explicou que, nos últimos anos, há mais procura por receitas milagrosas de aumento de pênis. Segundo ele, também aumentaram os casos de dismorfia, quando o indivíduo acredita que o órgão é pequeno mas, na prática, não é.
“Não existe comprovação nenhuma desta técnica, que existe há séculos, então não deve ajudar — só causa um inchaço dolorido e momentâneo. O que temos de mais evidente é que ela prejudica, já que pode levar a doenças e lesões graves. A questão é que, quanto mais se consome p0rnogr@fia, mais alimentados são os distúrbios de autoimagem em homens. Existe gente disposta a praticamente tudo para fazer crescer órgãos que estão perfeitamente normais”, explica.
O médico explicou também que com as micro-lesões, o órgão pode sofrer deformações graves e feridas. Em casos extremos, o paciente pode desenvolver a doença de Peyroine, quando é formado tecido cicatricial que, por ser mais rígido, acaba até diminuindo o tamanho do pênis: “A doença de Peyroine causa calcificação do órgão, mas não só isso: a doença pode levar a dores na ereção ou durante a fricção característica do ato sexual”, explica Barroso.