Estudo oferece esperança a casais homoafetivos que desejam filhos com DNA compartilhado

Casais do mesmo sexo que desejam constituir família já têm opções disponíveis, mas a ciência pode estar apenas abrindo caminho para uma nova opção que permita que ambos os pais sejam geneticamente relacionados com seus filhos.

A Science Advances publicou recentemente um estudo da Oregon Health & Science University (OHSU) sobre uma técnica chamada gametogênese in vitro (IVG). Especificamente, a OHSU tem se concentrado em substituir o núcleo de um óvulo existente pelo núcleo de uma célula da pele geneticamente modificada e, em seguida, remover metade dos cromossomos para permitir que seja fertilizado pelos espermatozoides.

Atualmente, eles têm feito experiências com ratos, mas o objetivo final aqui é ser capaz de combinar cromossomos de duas pessoas – uma usando células da pele e outra usando espermatozoides – para produzir embriões viáveis. Embora o IVG seja algo que a comunidade científica vem pesquisando há algum tempo, de acordo com um comunicado de imprensa da OHSU News, “o novo estudo vai além ao sequenciar meticulosamente os cromossomos”.

Os autores do estudo enfatizaram que a técnica ainda está muito longe de ser potencialmente viável para uso humano, mas é algo que tanto casais inférteis quanto casais LGBTQIA+ que esperam ter filhos biológicos têm ficado de olho enquanto a pesquisa continua. E embora o estudo da OHSU se concentre especificamente no uso de células da pele para o óvulo, outras pesquisas também estão sendo realizadas no uso de várias células para criar espermatozoides.

Mas embora possa haver implicações maiores em jogo, caso isto se concretize, a ideia de um mundo onde as diferenças efectivas entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto diminuam por si só parece bastante agradável.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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