Paciente é preso em flagrante por agredir enfermeiro com ferro e falas homofóbicas: “Viadi**o”

Um técnico em enfermagem de 26 anos foi agredido por um paciente com uma barra de ferro e falas homofóbicas enquanto trabalhava no pronto socorro do Hospital de Misericórdia de Santos Dumont, na Zona da Mata, em Minas Gerais, na tarde desta quarta-feira (12/06). O paciente de 54 anos, suspeito das ofensas, foi preso pela Polícia Militar (PM) pelos crimes de injúria racial, ameaça e perturbação do trabalho.

Conforme depoimento do enfermeiro, o homem aguardava atendimento e ficou revoltado com a demora. Ele, então, entrou na sala onde a vítima estava e começou a dizer várias palavras de baixo calão. O trabalhador pediu para que ele se acalmasse, mas o suspeito intensificou os ataques com palavras homofóbicas. “Bichi**a. Nenhum viadi**o vai me atender”, diz trecho do boletim de ocorrência. Além das ofensas, o paciente teria dito que era “homem o suficiente para quebrar a cara” do enfermeiro. As ofensas foram confirmadas por testemunhas e depois pelo próprio paciente para a PM.

Ainda conforme a ocorrência, em dado momento o homem pegou uma peça de ferro da cadeira de rodas e passou a golpear a porta de entrada do pronto socorro, exigindo atendimento imediato já que por ser cadeirante, teria prioridade. À policia ele confessou ter dito as palavras homofóbicas para o enfermeiro. Com isso, foi preso em flagrante pelos crimes de injúria racial, ameaça e perturbação do trabalho.

Desde janeiro de 2023, a legislação brasileira equiparou a pena de injúria à de racismo. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ são enquadrados como injúria racial, prevista no artigo 140 do Código Penal. Com isso, a pena aumentou para de 2 a 5 anos de reclusão.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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