Apenas 1 em cada 4 pessoas LGBTs conseguiu emprego formal no último ano, aponta estudo

Em 2023, apenas 25% da população LGBTQIA+ no Brasil conseguiu um emprego com carteira assinada, segundo um estudo inédito sobre inclusão econômica. Intitulado “Inclusão Econômica e Geração de Renda da População LGBTQIA+ no Brasil: Desafios, Iniciativas e Financiamentos”, o levantamento foi realizado pelo Fundo Positivo e pelo Instituto Matizes, com o apoio da Wellspring Philanthropic Fund (WPF).

A pesquisa revela que, embora haja um aumento significativo no número de projetos voltados para a geração de emprego e renda, com um crescimento de 63% entre 2021 e 2023, o mercado de trabalho formal ainda enfrenta dificuldades para absorver essa mão de obra qualificada, evidenciando desafios na sustentabilidade financeira desses projetos.

A pesquisa também destaca que 69,2% das organizações enfrentam dificuldades para captar recursos, com quase metade nunca tendo recebido apoio financeiro. Apenas 68,1% das iniciativas têm financiamento externo. As prioridades das iniciativas de inclusão econômica estão voltadas para a população trans, que sofre com altos índices de exclusão econômica. O estudo aponta que 51% dos projetos atendem mulheres trans, 49% travestis e 39% homens trans.

Entre os principais desafios enfrentados, 45,2% das organizações mencionam a falta de apoio governamental e 42,3% a necessidade de maior engajamento da iniciativa privada. O estudo sugere que o surgimento de novas vagas afirmativas e a implementação de políticas inclusivas podem ter um impacto positivo na inclusão econômica da população LGBTQIA+ no mercado formal. A pesquisa ressalta que, apesar das dificuldades, as iniciativas estão contribuindo significativamente para o desenvolvimento de habilidades e oportunidades dentro da comunidade, promovendo um avanço importante em direção à igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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