Erika Hilton pede ao Ministério Público Federal bloqueio do Jogo do Tigrinho no Brasil

Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou nesta quinta-feira (26/09) uma representação no Ministério Público Federal pedindo o bloqueio do chamado “Jogo do Tigrinho” no Brasil. O documento, segundo o Metrópoles, menciona as empresas PG Soft Games e Sribe LTDA, responsáveis pelos jogos “Tigrinho/Fortune Tiger”, “Coelhinho/Fortune Rabbit” e “Aviazinho/Aviator”, acusando-as de práticas que configuram crimes contra a economia popular e publicidade abusiva, inclusive voltada para o público infantil.

De acordo com a deputada federal, essas empresas têm promovido uma publicidade que atinge especialmente jovens e adolescentes, o que, para ela, é uma grave violação, já que a legislação brasileira proíbe tanto o jogo para menores de idade quanto a publicidade voltada a esse público. Hilton também destaca o papel dos influenciadores digitais na divulgação dos jogos, sugerindo que muitas vezes esses anúncios são feitos de maneira apelativa, usando ícones visuais atraentes para menores.

“Frente ao acúmulo de crimes, contravenções e danos a direitos fundamentais que entram em colisão com direitos maiores que o direito ao jogo, justifica-se a necessidade de bloqueio, com urgência, do acesso via internet a essas apostas, ao menos até a elaboração de uma regulamentação pelo Governo Federal”, diz Hilton no documento. “Isso porque, apesar do jogo em si ser permitido, definitivamente não é permitido nem o jogo para crianças e adolescentes e nem a publicidade voltada a crianças e adolescentes, seja por meio de influencers mirins”, afirmou a deputada.

A parlamentar ainda argumenta que os jogos de apostas, como o “Jogo do Tigrinho”, estão prejudicando a renda de muitas famílias, uma vez que parte da população tem utilizado seus salários para participar dessas apostas. Hilton pede que o acesso aos jogos seja bloqueado imediatamente até que o processo de regulamentação dos jogos de apostas no Brasil seja concluído, ressaltando a necessidade de medidas urgentes para proteger os direitos fundamentais dos brasileiros.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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