Polêmica! Zé Longuinho e Halessia são criticados por vídeo sobre transição de gênero
Zé Longuinho e Halessia, nomes conhecidos na cena LGBTQIAPN+, enfrentaram críticas após um vídeo publicado nas redes sociais. Na gravação, Halessia pergunta a Zé sobre as especulações de que ele poderia estar planejando uma transição de gênero por conta de sua perda de peso recente. Zé respondeu que, antes de qualquer decisão, gostaria de explorar sua “versão feminina”. O vídeo termina com Zé montado e admirando o resultado, deixando em aberto se seguirá ou não com uma transição. A postagem, no entanto, vem gerando uma mistura de elogios e reações negativas.
Entre os comentários, a seguidora Alessandra Armani, que é mulher trans, alertou para os perigos de tratar a transição como uma “modinha”. “Ser trans vai muito além disso. Porque, se não, depois vão tudo lá no Superpop falando que são ex-travestis e encontraram Jesus, ridicularizando ainda mais nossa classe. Só não faça as coisas por modinha ou por likes”, escreveu. “Vocês dois, pessoas de certa forma públicas, que fazem parte da nossa comunidade, reduzir num vídeo por like toda uma comunidade trans a uma simples montação do tipo provei, olhei, gostei… agora sou trans'”, opinou um internauta.
Outra seguidora também pontuou: “Esse vídeo e um verdadeiro desserviço, eu amo a Hallesia e sigo a bastante tempo, mas isso é uma banalização aos corpos trans e travesti sabe?! O processo de transição vai mais além que esse passe de mágica, mexe com o psicológico. O Brasil é o pais que mais mata mulheres trans/travesti e também o que mais consome 18+ do gênero. É muito além de um corpo magro, a transição. É um processo! Ao invés de se montar eu recomendaria se conhecer primeiro, procurar terapia pra você realmente se entender como tal, vai além de uma fantasia”.
Diante das críticas, Halessia respondeu diretamente nos comentários, defendendo o conteúdo e o propósito do vídeo. “Este quadro tem como proposta trazer a minha versão produzida conforme as expectativas do convidado e é um espaço de liberdade e expressão. […] Muitas pessoas trans que convivo já foram drag e passaram por esse processo até se encontrarem completamente, afinal, a experimentação faz parte da nossa construção como pessoas”, justificou. Ela também reforçou que a intenção não era lucrar ou desrespeitar, mas sim respeitar o processo de identidade de Zé, seja ele qual for.