Após pressão de organizações e ordem judicial, Trump recua e libera recursos a programa de HIV
O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, anunciou na quarta-feira (29/01) a revogação do congelamento de recursos destinados a programas de assistência, organizações não governamentais (ONGs) e pequenas empresas. A medida havia sido implementada na segunda-feira (27/01) com a justificativa de avaliar se os repasses estavam alinhados às diretrizes do governo. No entanto, após uma decisão judicial na terça-feira (28/01), que suspendeu parcialmente o bloqueio a pedido de entidades impactadas, a Casa Branca comunicou oficialmente o cancelamento da medida, informando que o Memorando OMB M-25-13 não estaria mais em vigor.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, explicou que a revogação foi motivada pela intervenção judicial, destacando a pressão exercida por organizações que dependem desses recursos para manter suas atividades. Antes do recuo, o porta-voz do Departamento de Estado havia defendido os cortes, alegando que o objetivo era barrar iniciativas que ele classificou como “programas woke”. O termo, frequentemente utilizado por membros do Partido Republicano, refere-se a questões relacionadas a identidade, diversidade e inclusão, temas que têm gerado intensos debates na política americana.
A rápida mudança de postura do governo reflete a complexidade do cenário político e a influência de grupos que lutam pela manutenção de programas voltados à justiça social e à diversidade. Para a comunidade LGBTQ+, a decisão é vista com alívio, já que muitos desses recursos são essenciais para iniciativas de apoio a populações vulneráveis. No entanto, o episódio também evidencia a polarização em torno de políticas públicas que abordam temas como equidade e direitos humanos, um reflexo do atual clima político nos Estados Unidos.