Maya Massafera acusa Tinder de transfobia e anuncia processo contra a plataforma

Maya Massafera, de 44 anos, usou suas redes sociais para acusar o aplicativo de namoro Tinder de transfobia. Segundo Maya, a ferramenta de verificação do app prejudica mulheres trans, que frequentemente têm seus perfis banidos, mesmo com o selo de verificação ativa. A plataforma, que confirmou ter restaurado a conta de Maya após denúncias de falsidade, afirmou que é uma comunidade inclusiva e que trabalha para resolver rapidamente esses casos.

Em um desabafo feito diretamente de Trancoso, na Bahia, Maya relatou que sua conta é suspensa pelo menos duas vezes por mês, apesar de ter a verificação aprovada pelo Tinder. “Eles dizem que recebem denúncias de que não é nossa foto. Como não é nossa foto? E a verificação?”, questionou Maya. Além de sua própria experiência, a influenciadora ressaltou que diversas mulheres trans enfrentam o mesmo problema e que muitas nem sequer conseguem manter a conta ativa por um mês. “Recebi inúmeras mensagens de amigas trans que passam pela mesma situação. Isso é transfobia institucional”, afirmou.

Maya também revelou que entrará com um processo contra o Tinder, juntamente com outras mulheres trans que enfrentam situações semelhantes. “É inadmissível que uma empresa tão grande puna mulheres trans com base em denúncias infundadas. Provavelmente, são pessoas transfóbicas que denunciam, e o Tinder simplesmente derruba nossa conta porque o sistema de verificação não funciona”, disse. Para Maya, a plataforma está falhando ao garantir segurança e inclusão real para pessoas trans.

Em resposta à polêmica, o Tinder afirmou ao portal Splash que a conta de Maya foi analisada devido a denúncias recorrentes de falsidade, mas que a empresa agiu rapidamente para resolver o problema. Ainda assim, Maya destaca que sua visibilidade como figura pública tem ajudado a recuperar seu perfil, uma vantagem que muitas mulheres trans não possuem. “Não posso ficar quieta vendo empresas agirem assim. Não vou deixar de usar minha voz para denunciar a transfobia que enfrentamos diariamente”, concluiu.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!