Novo estudo revela as melhores cidades do mundo para cruising gay; Brasil fica de fora, mas tem cena vibrante

Toda grande metrópole tem seus espaços de pegação, sejam parques, saunas, bares ou até banheiros de academias. Agora, um estudo da empresa Erobell decidiu colocar ordem nessa tradição tão conhecida da cultura gay e divulgou, no início deste mês, o “Índice Global de Cruising Gay. O levantamento classifica as cidades com maior variedade de pontos de encontro para sexo casual entre homens, levando em conta saunas, clubes de cruising, bares gays e espaços públicos.

De acordo com o ranking, Londres ocupa o primeiro lugar, com uma pontuação geral de 40, se destacando especialmente pela quantidade de parques onde a prática é comum e pela ampla rede de saunas e bares gays. Berlim aparece em segundo, sustentada pela fama de sua cena fetichista internacionalmente reconhecida, enquanto Paris fica em terceiro lugar, com 25 pontos, graças à densidade de clubes e saunas. Já na Espanha, Madri se destacou com 22 pontos, mesmo sem parques de pegação, e Barcelona aparece logo em seguida com 18, reforçando sua forte cena de clubes.

Entre as cidades norte-americanas, Nova York é a mais bem colocada, ocupando apenas o décimo lugar com 15 pontos. Outras cidades como São Francisco, Chicago e Miami também figuram no ranking, mas com pontuações bem abaixo da média europeia. Segundo o estudo, essa disparidade se deve principalmente à forma como os Estados Unidos lidaram com a crise do HIV/AIDS nas décadas de 1980 e 1990. Enquanto o governo americano optou por fechar espaços de cruising com políticas moralistas, países como Alemanha e Holanda preferiram adotar medidas pragmáticas, transformando saunas em centros de educação e prevenção, o que ajudou a preservar a subcultura gay e a criar laços de confiança entre comunidade e instituições de saúde.

Apesar da representatividade global, o Brasil não aparece no ranking da Erobell. A ausência, no entanto, não significa escassez. Muito pelo contrário: nosso país possui uma vasta e diversa cena LGBTQIAPN+, repleta de bares, boates, praias e festas que cumprem esse papel de socialização e liberdade.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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