Polônia vota lei que julga educadores sexuais como ‘pedófilos e ativistas gays’

A lei proposta afirma que os educadores que ensinam sobre orientação sexual, discriminação e saúde reprodutiva serão denunciados como pedófilos e poderão enfrentar uma multa ou uma sentença longa na prisão.

O país conservador votará hoje, dia 16/04, o projeto ‘Stop Pedophilia’ (Pare A Pedofilia), que propõe prisão de até 3 anos para aqueles que “promovem sexo para menor de idade” e “familiarizam e informam e crianças sobre a homossexualidade”.

No documento enviado ao parlamento, os apoiadores da lei afirmam que “as organizações e ativistas mais envolvidos na promoção da ‘educação’ sexual em nosso país são o lobby LGBT+, membros desses movimentos envolvidos na implementação da educação sexual nas escolas serão condenados por pedofilia”.

Os apoiadores da lei afirmam ainda que as crianças se tornam “despertadas sexualmente” e se familiarizam com a comunidade LGBT+ durante as aulas de educação sexual pelo ‘lobby LGBT+’ com o objetivo de “alcançar objetivos políticos radicais”, como por exemplo, a legalização da adoção de crianças por casais LGBTs.

Ola Kaczorek, educador e advogado pró-direitos LGBT+ disse: “Isso tornaria impossível para nós, como educadores, entrar nas escolas e ensinar crianças sobre seres humanos, sobre o que nos faz e o que é identidade de gênero ou orientação sexual”.

“Normalmente, a escola não é um ambiente amigável para crianças não heterossexuais, mas agora será ainda mais difícil”, acrescenta Kaczorek.

No ano passado, um terço da Polônia se declarou uma “LGBT free zone”, ou seja, “livre da ideologia LGBT+”. O Parlamento Europeu aprovou uma moção condenando o país, por observar que boa parte da população “discrimina em particular as famílias monoparentais e LGBT+”.

Vino

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Arquiteto, DJ, VJ, Produtor de Eventos e redator colaborador de conteúdos sobre diversidade LGBTI+ do portal Pheeno.com.br! #MandaAssunto

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