Sexo anal passivo causa risco de HIV na proporção de uma transmissão a cada 72 ações sexuais
Milhões de pessoas se infectam com o vírus HIV todos os anos, mesmo com os avanços nas áreas de prevenção e tratamento. Apesar do risco de transmissão sexual virar de acordo com o tipo de exposição e da quantidade de vírus circulantes no sangue, entre outros fatores, os homens gays passivos são os mais propícios a serem infectados.
De acordo com o Dr. David Uip, médico infectologista e secretário de Saúde de São Paulo, a relação anal passiva, quando praticada sem preservativo, apresenta risco na proporção de uma transmissão a cada 72 ações sexuais. Em seguida, em escala de risco, vem a relação anal ativa, com uma transmissão a cada 900 ações. No sexo oral, seja ativo ou passivo, o risco é de zero a quatro transmissões por 10.000 ações.
Prevenção…
Intervenções com tratamento antirretroviral, como a profilaxia pré e pós-exposição, são efetivos na diminuição do HIV. No entanto, a utilização de preservativos e o aconselhamento individual ainda são elementos cruciais para a prevenção. A profilaxia pós-exposição deve ser indicada nas primeiras 72 horas do risco real e mantida por um período de quatro semanas.
Outra forma de diminuição de risco é através da circuncisão, que se mostrou efetiva em até 60% na transmissão entre homens gays. No caso de parceiros em que apenas um deles tem o vírus HIV, recomenda-se o tratamento antirretroviral para os infectados e, como estratégia de prevenção, a profilaxia pré-exposição para os parceiros não contaminados, por um período de três a quatro meses, quando a carga de vírus do parceiro infectado deve se tornar indetectável.