
Uma substância presente na planta Abrus pulchellus tenuiflorus, que faz parte da flora brasileira, pode combater células infectadas com HIV e até com câncer. A descoberta foi feita por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, no interior de São Paulo, em parceria com cientistas americanos.
Para elaborar o estudo, os cientistas extraíram da planta uma proteína chamada Pulchellina, já conhecida como uma potente toxina vegetal. A proteína foi combinada com anticorpos e combateu glóbulos brancos [células do sistema imunológico que defendem o organismo contra doenças] infectados pelo HIV.
Eles descobriram que a mistura da proteína puchelina com os anticorpos identifica somente as células doentes, matando o HIV. Já os glóbulos brancos sadios não são atingidos. O pesquisador iraniano que coordenou os testes explica que a substância age em pouco tempo; 90% das células infectadas com o vírus HIV morrem em dez minutos.
Hoje, os medicamentos matam só os vírus que estão circulando no organismo e provocam geralmente diarreia, vômito e manchas. Já a substância produzida na USP consegue eliminar também os vírus que estão escondidos no corpo, em lugares como o sistema linfático e em partes do intestino.