Elijah Stephens e namorada (Foto: Reprodução/Daily Mail/Acervo Pessoal/)

Cirurgiões criam pênis para homem transgênero usando pele do antebraço

Elijah Stephens e namorada (Foto: Reprodução/Daily Mail/Acervo Pessoal/)

Cirurgiões criaram um pênis para um homem transgênero usando a pele de seu antebraço. O órgão dá a ele todas as sensações normais da pele, e é capaz de causar orgasmos. O jovem de 28 anos chamado Elijah Stephens iniciou sua transição de gênero aos 18 anos. Ele conta que sempre se sentiu diferente.

Após descobrir a palavra “transgênero”, ele começou a pesquisar o que significa ser trans e percebeu que se sentia assim. Veio então o alívio e a sensação de pertencimento. Ele começou então o acompanhamento psicológico no Centro Mazzoni na Filadélfia, e em 2014 começou a planejar suas primeiras cirurgias.

Em 2016 ele passou por uma dupla mastectomia e reconstrução da região do peito. Um ano depois, passou por uma histerectomia para remover o útero, antes de remover o canal vaginal com uma vaginectomia. Os pequenos lábios e uretra foram mantidos para criar o escroto e para permitir que ele urinasse normalmente.

O próximo passo foi a faloplastia, ou construção de um pênis a partir da transferência tecidual, para estabelecer funcionalidade ao órgão. Os nervos podem ser conectados à uretra reconstruída, e o clitóris pode ser reposicionado para ficar na base do pênis. O relacionamento sexual é possível depois dessa cirurgia, algumas vezes usando próteses para criar uma ereção, embora alguns pacientes digam que isso não é necessário.

PROCEDIMENTO

Para o procedimento de Stephens, o médico Jonathan Keith usou a pele do antebraço esquerdo do paciente para criar um “tubo dentro de outro tubo”. Ele conectou os nervos da pele do braço com os nervos do clitóris para que Stephens tivesse a sensação de tato neste novo órgão. Já as veias da pele foram conectada às artérias principais do fêmur. Parte de tecido da coxa foi utilizado para substituir o tecido do antebraço.

O jovem ainda acredita que a sua história é um incentivo a outras pessoas com histórias semelhantes a lutarem pelos seus sonhos: “Sei que as pessoas vivem com medo de se assumirem, de retaliações, das repercussões nas redes sociais que hoje eu enfrento. Mas isso não deveria intimidá-las. Essas pessoas da internet não te conhecem. Não tem nada mais assustador que se esconder de si mesmo”, afirmou.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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