“O Branco que trouxe o preconceito para a tribo”, afirma índio gay

O curta “Majur”, de Rafael Irineu, é um dos concorrentes da mostra competitiva do 46º Festival de Cinema de Gramado. Em 20 minutos, conta a história do índio Majur, da aldeia pobore, que vive no interior do Mato Grosso. Ele é chefe de comunicação da tribo, responsável pela interlocução com o mundo. E também é gay.

Segundo o índio conta no filme, relacionamento entre pessoas do mesmo era algo comum até a chegada dos colonizadores as suas terras. “Minha mãe dizia que as relações homoafetivas eram aceitas na aldeia. Foi o branco que trouxe o preconceito para a tribo”, disse na produção.

Em entrevista ao G1, Rafael Irineu, diretor do curta, conta que conheceu Majur enquanto filmava outro trabalho na tribo. “Essa história precisa ser contada porque existem mais LGBTs indígenas, LGBTs na cidade, e a gente precisa lutar pelos direitos deles. A gente tem muito a conquistar”, afirmou o diretor.

A defesa da diversidade não está presente somente na tela. Rafael salienta que a equipe é formada por pessoas LGBT, mulheres e trans, algo incomum no mercado audiovisual cuiabano, dominado por homens, como observa o criador.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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