Nova York inclui “gênero X” na certidão de nascimento

Os nova-iorquinos não precisarão mais da documentação de um médico ou profissional de saúde mental para alterar o próprio gênero na certidão de nascimento. Além disso, os pais poderão colocar um “X” para designar o sexo dos próprios filhos recém-nascidos.

Essas são as medidas adotadas pela cidade de Nova York em lei aprovada nesta quarta-feira (12/09) e que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2019. “Hoje é um dia histórico para Nova York, sempre campeã mundial em questões de inclusão e igualdade”, comentou o porta-voz da Câmara Municipal, Corey Johnson. A proposta foi aprovada com 41 votos a favor e seis contrários. Assim, os nova-iorquinos não serão mais tratados como se a identidade fosse uma questão médica.

A batalha pelo “gênero X” foi liderada pela advogada transgênero Carrie Davis, que afirmou que a decisão chega “em um tempo de perigo e incerteza em relação aos direitos dos transexuais americanos em nível nacional”, referindo-se às políticas do governo de Donald Trump. Alguns estados como Califórnia, Oregon e Montana já permitem a mudança de gênero na certidão de nascimento sem autorização médica, mas não preveem o sinal “X” ao invés de “masculino” e “feminino’.

Já na Itália, o ministro do Interior Matteo Salvini usou o Twitter para criticar a medida. “Enquanto trabalhamos para recolocar mamãe e papai nos documentos, outros eliminam masculino e feminino da certidão de nascimento… Não tenho palavras”, escreveu na rede social.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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