Foto: Divulgação/Manoela Stellfeld

Primeira cantora gospel trans do Brasil lança EP “Posição”: “Sei que posso adorar a Deus sendo quem eu sou”

Foto: Divulgação/Manoela Stellfeld

Se depender da cantora Manoela Stellfeld, a comunidade LGBTQ+ será muito bem representada no cenário da música gospel brasileira. Natural de Curitiba, Manoela é uma cantora gospel trans e acaba de lançar o seu primeiro EP, batizado de “Posição”.

Em entrevista ao Lado A, Manoella conta que sempre frequentou a Igreja, primeiro a católica, depois a evangélica. No entanto, em 2013, saiu da evangélica devido ao preconceito com o qual tinha que lidar. “Diziam que eu tinha que mudar, que era o demônio [que me fazia ser trans] e eu não conseguia. Sofri muito, não dormia a noite. Sonhava em ser livre, liberta”, conta ela, que também precisou lidar com o bulliyng em sala de aula. “Sofri bullying na escola, terminei o ensino médio com muita dificuldade. Venci a depressão, tomei remédios, tentativas de suicídio, já passei por tudo isso. Quero levar a minha música para inspirar as pessoas, quem sabe não surjam mais cantoras trans gospel por aí?!”

Manoela reencontrou a paz religião quando começou a frequentar uma igreja evangélica focada na inclusão. “A igreja inclusiva me aceita bem, me encontrei. Sei que posso adorar a Deus sendo quem eu realmente sou de verdade!”, explica. Gravado durante a pandemia, o primeiro EP de Manoela Stellfeld tem cinco músicas, todas originais, compostas por ela e amigos.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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