“A travesti só tem o direito de se prostituir na nossa sociedade”, afirma vocalista da banda ‘As Travesti’

Vocalista da banda As Travesti, do hit “Murro na Costela do Viado”, que embalou o Carnaval 2020, Tertuliana contou em entrevista ao Yahoo que, mesmo sendo uma das vozes mais relevantes do pagode baiano, nem por isso consegue viver só de música ou deixou de ser tratada como um objeto sexual.

“A travesti não tem o direito de fazer arte, a travesti só tem o direito de se prostituir na nossa sociedade. Então, a gente tem que ocupar o lugar da arte também, não só da arte como da academia, da medicina, do jornalismo, da história, do cinema, de tudo a gente tem que ocupar”, diz a piauense, que atualmente mora em Salvador, na Bahia.

“Tudo o que foge do trabalho informal é negado a nós. E até alguns trabalhos informais são negados. Você dificilmente vê travesti como eu vendendo brigadeiro. Esses dias me emocionei vendo travesti que é catadora de latinha aqui em Salvador. Ao invés de se prostituir essa travesti tá catando latinha na rua. São sinais de que nem todas nós queremos isso para as nossas vidas E esses sinais soam como gritos de socorro”, afirmou a artista ao portal.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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