Governo da Hungria pretende vetar adoção por parte de casais LGBTQ+
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A mais recente emenda enviada ao parlamento húngaro pelo partido conservador Fidesz pretende alterar a Constituição e proibir a adoção a casais do mesmo sexo, segundo informou o site português Jornal de Notícias.
A medida propõe que apenas os casais do sexo oposto e casados possam adotar uma criança e, especificam ainda, que a “mãe é uma mulher e o pai um homem“. “O casamento é entre um homem e uma mulher, assim como a base da família e da sobrevivência nacional“, apresenta a proposta. Na Hungria, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda é ilegal, mas a adoção era possível, desde que apenas um elemento do casal fizesse a candidatura. Esta alteração da legislação já foi condenada e rejeitada por grupos defensores dos direitos humanos.
De acordo com o joranl “Independent“, o grupo Hatter Society, que zela pelos direitos LGBTQ+, afirma que “o momento não é coincidência: as propostas que limitam os direitos legais e que vão contra os direitos humanos básicos internacionais e Europeus são submetidos quando os protestos não são permitidos” devido à covid-19. Apresentada ao parlamento na terça-feira (10/11), a proposta apela para que as crianças sejam educadas e criadas num ambiente cristão onde haja uma interpretação dos papéis de género, “garante-se que a educação seja de acordo com os valores constitucionais da Hungria e dos valores cristãos“, lê-se no documento.
O governo húngaro é liderado por Viktor Orban, primeiro-ministro que desde que assumiu o cargo em 2010 tem feito mudanças radicais na Constituição do país. Em maio, foram banidas as mudanças de sexo pelos cidadãos transexuais nos documentos pessoais, como passaportes, e questionados os livros infantis que abordam a diversidade de uma forma positiva.