Em Santa Catarina, jovem é vitima de homofobia e recebe ameaças de morte de grupos neonazistas
Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil investiga a suspeita de ataque homofóbico e ameaça de morte com símbolos nazistas em Imbituba, no Litoral Sul catarinense. Os textos e as imagens foram enviados a um jovem de 24 anos por meio de Telegram, um aplicativo de conversa semelhante ao Whatsapp.
As ofensas atingiam gays, negros e feministas, tachados como “pragas da nação”. Além dos xingamentos, o agressor enviou a imagem de uma pistola e afirmou que sabia onde a vítima morava.“Passei ai na frente, so nao dei uns tiro em vc por piedade mesmo [sic]“, escreveu. A vítima, que preferiu não se identificar por receio de represálias, disse que as ameaças foram feitas por dois contatos virtuais anônimos e acredita que tenha sido localizado por meio da função “amigos próximos”. “Não foi um ataque somente à minha pessoa, mas à toda comunidade da cidade de Imbituba. Acredito que chegou até mim pela função ‘pessoas próximas’ do aplicativo pois dizia estar a menos de 100 metros de distância de mim. Logo de início, comecei a fazer print da tela, assim como pedir ajuda para realizar backup das conversas e conseguir algum código de identificação da mensagem“, explicou o rapaz ao G1.
De acordo com o portal, o jovem relatou o caso por meio digital à ouvidoria do Ministério Público de Santa Catarina, no dia 7 de abril. Na manifestação, ele solicita a investigação do caso e pede por responsabilização das autores das mensagens. Em resposta ao denunciante, o órgão disse que direcionou a demanda para a delegacia local. O delegado Nicola Patel Filho, disse que assim que tomou conhecimento dos fatos e diante da gravidade iniciou as diligências e acionou a equipe de investigações
“A gente está investigando e não descarta nenhuma hipótese, mas é um caso isolado que ocorreu na cidade“, disse Patel ao G1. “É importante destacar que a gente nunca pegou uma mensagem de conteúdo neonazista nas inúmeras operações que fizemos aqui com autorização judicial.” O procedimento policial foi abertopor injúria e ameaça, com base no artigo 20 da lei 7716, segundo o delegado Nicola Patel Filho, responsável pela investigação.
Confira os prints
Foto: Arquivo pessoal Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal