Policial que agrediu mulher trans em São Paulo é afastado

O guarda municipal que perseguiu e agrediu a mulher trans Laura Cruz, de 33 anos, no centro de São Paulo na última quinta-feira (30/09) foi afastado de suas atividades operacionais, informou a Prefeitura em uma nota nesta segunda-feira (04/10).

Laura é integrante do “Coletivo Tem Sentimento“, que acolhe mulheres (cis e trans) em situação de vulnerabilidade, oferecendo cursos, como de corte e costura. Foi justamente para o coletivo que ela foi a Cracolândia para receber doação de roupas. Laura informou que estava coletando doações no local quando foi abordada por dois guardas municipais, que perguntaram o que ela estava carregando. Nesse momento, ela jogou as sacolas no chão, o que fez com que o policial desferisse golpes de cassetete, que chega a quebrar com o impacto da pancada nas costas da vítima. Uma mulher que passava no local registrou imagens das agressões. As cenas mostram a vítima correndo, enquanto um guarda vai atrás dela até a porta de uma loja.

Tentaram me oprimir, me discriminar, as pessoas da GCM [Guarda Civil Metropolitana] me bateram com cassetete, tanto que o cassetete do policial quebrou, e gás de pimenta no rosto. Expuseram meu corpo, até fiquei com a bunda de fora porque tive que levantar meu vestido, sendo que eu só estava com uma sacola de roupa para pessoas em situação de vulnerabilidade“, narra a atriz, que já registrou um boletim de ocorrência.

Segundo o comunicado, “o servidor envolvido foi afastado das atividades operacionais e os fatos estão sendo apurados através de regramento próprio”. A Prefeitura acrescentou que as instituições “não coadunam com ações contrárias à preservação dos direitos humanos”. “Laura passa bem, com dor e indignada por tamanha injustiça. Ela foi alvo de discriminação, transfobia e racismo e quer que a luta tudo isso se multiplique”, escreveu o Coletivo Tem Sentimento em sua página no Instagram.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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