Há 13 anos no topo da lista, Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo

A maioria da população trans no Brasil continua vivendo em alta vulnerabilidade! Apesar da transfobia ser crime no país desde 2019, continuamos sendo o que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo pelo 13° ano consecutivo.

Segundo levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 140 pessoas trans brasileiras foram assassinadas em 2021. Ainda de acordo com o relatório, divulgado pela associação nesta sexta-feira (28/01), em cada 10 homicídios contra trans no mundo, quatro ocorreram no Brasil. Conforme o levantamento, no ano passado houve 35 assassinatos a menos do que 2020, mas o número ainda é considerado alto. A média de assassinatos entre 2008, ano em que o levantamento de casos começou começou, e 2021, é de 123,8. Só entre 2017 e 2021, 781 pessoas trans foram assassinadas.

O estado onde mais morreram pessoas trans no ano passado foi São Paulo, seguido da Bahia e do Rio de Janeiro. 25 pessoas foram assassinadas em SP, 13 na Bahia e 12 no RJ. Apenas Roraima e Tocantins não registraram assassinatos de pessoas trans. O estado onde mais morreram pessoas trans no ano passado foi São Paulo, seguido da Bahia e do Rio de Janeiro. A idade média das vítimas é de 29 anos. Mais da metade tinha entre 18 e 29 anos. O dossiê informa que 40 vítimas de 2021 não tinham qualquer dado sobre idade. 81% eram travestis ou mulheres trans pretas e pardas.

Quando analisamos o perfil das vítimas, a idade se torna um dos principais marcadores. Tanto pela preocupação do quanto a juventude trans vem sendo assassinada cada vez mais cedo, quanto pelos impactos nas futuras gerações. O total de vítimas menores de idade nos últimos cinco anos somam 27 casos ou 5,6% das 483 fontes que trouxeram informações sobre a idade das vítimas. Sendo 26 pessoas transfemininas e 1 pessoa transmasculina”, aponta o documento.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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