Morte de homem gay com saco plástico na cabeça alerta comunidade LGBTQIA+ em São Paulo

A morte de um estudante de administração de 25 anos na semana passada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, colocou a comunidade LGBTQIA+ em alerta. Wellington Henrique Cirino Cardoso, que era gay, foi encontrado morto em seu apartamento com a cabeça coberta por sacos plásticos e o pescoço amarrado com uma camiseta e o fio de um carregador de celular. O corpo apresentava sinais de asfixia.

Conforme reportagem do UOL, Wellington teria curtido o carnaval com amigos entre sábado (26/02) e terça-feira (01/03). Já na quarta de cinzas (02/03), ele enviou uma mensagem para a faxineira no WhatsApp e disse que passaria o dia fora de casa. A faxineira respondeu Wellington, mas não obteve retorno. Diante das tentativas falhas de amigos e famíliares, o ex-marido de Well, o jornalista Fábio Pimentel, pediu para que um de seus sócios, João Paulo Giacon, fosse até o apartamento para checar o que poderia ter ocorrido. No dia seguinte, o estudante de administração foi encontrado por João morto no chão do quarto do apartamento. O caso traz indícios, em mesma proporção, de que a morte pode ter sido ocasionada por um acidente, homicídio ou até suicídio. A primeira testemunha foi chamada para depor na última quarta-feira (09/03).

A morte de Wellington se somou a mais uma série de outros casos de homens gays mortos asfixiados da mesma forma em São Paulo. Agora, a comunidade LGBTQIA+ paulistana está preocupada com a hipótese de haver alguma conexão entre o caso do estudante de administração e a morte de dois homens, encontrados com sacos plásticos na cabeça em setembro do ano passado. Este é, no entanto, o único detalhe que une os casos e a polícia diz não ter identificado outros elementos a relacioná-los. A Secretaria de Segurança Pública informou na noite desta quinta (10/03) não haver até o momento dados que apontem para crimes conexos.

Um dos primeiros casos desse tipo que ganhou repercussão na mídia foi o do ator Luiz Carlos Araújo, da novela “Carinho de Anjo”. Gay assumido, ele foi encontrado em sua casa asfixiado com sacos na cabeça. No entanto, laudo da necropsia revelou que a morte do ator foi causada por asfixia acidental. A família não acredita nesta hipótese.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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