Após polêmicas, Fifa garante que bandeiras LGBTQIA+ serão permitidas na Copa do Mundo do Catar

Faltando menos de um mês para o início da Copa do Mundo do Catar, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) reforçou que bandeiras com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBTQIA+, serão permitidas nos estádios.

O posicionamento da federação foi confirmado após o envio de um ofício, com um conjunto de perguntas, realizado pelo coletivo de torcidas brasileiras Canarinhos LGBTQ.A FIFA dá as boas-vindas a todos em seus eventos, e as bandeiras do arco-íris foram e serão permitidas nos estádios para todas as partidas FIFA“, respondeu a responsável pelo futebol mundial. O coletivo lançou o documento com a intenção de guiar os brasileiros com viagem marcada para o Catar. O objetivo é explicar todos os direitos da comunidade LGBTQIA+ no país durante o evento.

A organização da Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano, avisou, nos ultimos meses, que não iria tolerar bandeiras de arco-íris nas arquibancadas dos seus estádios. Mas, com o novo posicionamento, houve mudanças. Em abril, Abdulaziz Abdullah Al Ansari, presidente do Comitê Nacional de Contraterrorismo do Catar, chegou a afirmar que o principal símbolo de manifestação do movimento LGBTQIA+ não teria espaço nos jogos do mundial.

Se um torcedor levantar a bandeira do arco-íris e eu a pegar dele, não é porque eu realmente quero insultá-lo, mas para protegê-lo. Porque se não for eu, alguém ao redor dele pode atacá-lo. Não posso garantir o comportamento de todo o povo. E eu direi a ele: ‘Por favor, não há necessidade de levantar essa bandeira neste momento’”, disse Al Ansari. “Você quer demonstrar sua visão sobre o movimento, demonstre-a em uma sociedade onde ela será aceita. Assista ao jogo. Isso é bom. Mas não venha e insulte toda a sociedade por causa disso“, continuou. “Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião durante os 28 dias da Copa do Mundo.

A homossexualidade é considerada crime no Catar. Segundo a “sharia“, a lei em vigor em vários países com população predominantemente muçulmana, a prática homossexual para homens ou mulheres prevê penas como apedrejamento e sete anos de prisão.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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