Denunciada pelo próprio pai, mulher é presa por homofobia após agredir filho adolescente no Rio

Uma mulher foi presa depois de agredir com um cabo de vassoura o próprio filho, um adolescente de 16 anos, ao descobrir que ele mantinha um relacionamento homoafetivo. O caso aconteceu no último domingo (28/05), no bairro de Todos os Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ocorrência foi registrada pelos avós da vítima, que a abrigaram depois do episódio de violência.

De acordo com a 26º Delegacia de Polícia, do bairro Todos os Santos, a mulher pegou o celular do adolescente e descobriu que ele estava trocando mensagens com um homem. Após a descoberta, ela ameaçou espancá-lo com um cabo de vassoura. Com medo da reação da mãe, o jovem fugiu para a casa dos avós, que o acolheram. Depois de descobrir seu paradeiro, a presa foi até o local, agrediu o filho e o chamou de “via*o imprestável“.

Segundo a polícia, ela também ofendeu seus próprios pais, os chamando de “velhos” e “parasitas”. O avô do adolescente foi quem representou criminalmente contra a acusada, pelo crime de injúria qualificada, em razão da condição de pessoa idosa. Os policiais foram acionados, compareceram até o local e a conduziram para a 26ª DP (Todos os Santos). Na delegacia, a detida desacatou os policiais civis. 

A mãe foi atuada e presa pelos crimes de racismo, com motivação homofóbica, injuria qualificada contra idoso, lesão corporal com violência doméstica e desacato contra os policiais civis. De acordo com o delegado titular da distrital, Felipe Santoro, ela vinha impedindo o filho de ir para a escola e os avós maternos vão solicitar a guarda do adolescente.

“É triste a constatação de que, ainda nos dias atuais, hajam agressões de pais contra filhos em razão de orientação sexual (…) A prisão da mãe é essencial para garantir a liberdade do jovem, bem como seu desenvolvimento e sua tranquilidade psíquica, uma vez que a própria mãe estava impedindo o jovem de frequentar a escola e não aceitaria sua orientação sexual. Os avós maternos, pais da acusada, que acolheram o adolescente, pretendem solicitar a guarda do menor“, explicou o delegado.

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