Fernando Holiday agradece a Bolsonaro por filiar um negro “meio viado”

Ele era um crítico voraz ao ex-presidente, agora inelegível, e agora, do nada, o vereador por São Paulo, Fernando Holiday “brincou”, no evento de sua filiação nesta terça-feira (25/7) ao PL, com a fama de homofóbico e racista do político, que Bolsonaro estava filiando um negro meio viado. Só não sabemos se o “meio” deve se referir ao fato de ele ter se declarado bissexual ou por dizer que não faz sexo com homens para não ofender a Deus.

“A imprensa sempre dizendo que o senhor é homofóbico, racista, aqui filiando um negro meio viado”, afirmou causando risadas e aplausos entre os na cerimônia. Um dos fundadores e, hoje, ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday declarou, em 2018, que apesar de se declarar gay ele não se envolvia com pessoas do mesmo sexo por “namorar outro homem ser pecado”. Também afirmou que essa era a única forma de não pecar sendo um homossexual católico.

Em abril deste ano, ele se assumiu bissexual, por meio de uma postagem nas redes sociais, na qual revelou ter se relacionado com a advogada Musa Miranda, também integrante do MBL. Em resposta à declaração escatológica de Holiday, Bolsonaro disse: vai aqui um abraço hétero pra você”, ou seja, meio ou todo viado vai receber abraço de hétero e pronto.

Em diversas oportunidades, o inelegível afirmou que os pais deveriam bater nos filhos para “mudar o comportamento”, caso suspeitassem que fosse homossexual, e que “nenhum pai tem orgulho de ter um filho gay”, em contrapartida, quando era líder do Executivo, Holiday chamou o ex-presidente de “jumento” e “corrupto” e classificou a família Bolsonaro de “quadrilha de quinta categoria”.

O recém filiado ao Partido Liberal afirmou, recentemente, que se arrepende de suas falas. Vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi chamado de “bandidinho de merda pago com dinheiro público” pelo paulista, classificou o apoio do pai ao novo quadro do PL de “surreal”. Nessa história, não sabemos quem é quem e é melhor nem saber.